2011

Agora que estou em 2011 não me vou pôr com desejos e a clichézada do costume. A única coisinha que peço é que o resto do ano corra BEM melhor do que como começou. A sério, espero ansiosamente que a minha passagem de ano tenha sido resultado de um acumular da merda toda que me estava reservada para este novo ano.

Basicamente tive das 4h da manhã às 9h feita sem abrigo, a passar frio, fome e sede, com as amigas. E tudo isto porque algum MONSTRO (claramente uma delas) conseguiu partir as chaves de casa DENTRO da fechadura.

Agora imaginem: bombeiros de Albufeira, bombeiros de Silves, GNR, Protecção Civil... Tive cinco horas ao telefone com esta gente para nos ajudarem a entrar em casa. Não podiam ter cagado mais para nós. Foi preciso dizermos que estávamos prestes a ser violadas, para os senhores polícias decidirem ir fumar um cigarro lá à porta de casa (ai peço desculpa, eles foram foi ver se estávamos bem).

Enfim, todos os 40 bombeiros com quem falei só diziam que só nos íamos safar com a ajuda de um Serralheiro, porque só se alguém estivesse dentro de casa é que eles podiam ir lá (tive que lhes berrar que se calhar se tivesse alguém dentro de casa, não precisávamos que nos fossem abrir a porta, mas eles não apanharam a ideia).

Agora expliquem-me: onde raio é que eles estavam à espera que eu arranjasse um serralheiro no dia 1 de Janeiro, às 5h da manhã?

Portanto, por aquela gente nós bem podíamos ficar no meio da rua até Segunda-feira. Saírem do quartel é que não, que estávamos na Passagem de Ano e havia muita maluqueira nas estradas; um autêntico perigo! E nós as três sentadas no meio da rua, a ver carros cheios de gajos porcos e nojentos berrarem-nos bocas ao passar (houve um ou outro que não se limitaram a passar; chegaram mesmo a parar e ficar a olhar fixamente para nós, enquanto diziam aquelas coisas horríveis).

Vá, lá conseguimos, através de uma infalível chantagem emocional, arrancar o único serralheiro que nos atendeu o telefone, da cama. Às 9h entrámos em casa, as três com um aspecto para lá de horrível, a tremer de frio, e com menos 120€ na carteira (segundo o serralheiro "porque somos meninas jovens e estudantes, senão tinha sido mais!").

Digam lá: foi ou não foi bestial?

Pois foi...